segunda-feira, 14 de março de 2016

O POVO QUER MUDANÇAS

Eu e meu filho, vereador Maurício Gasparini

Welson Gasparini

O Brasil viveu, no último domingo, um dia histórico quando milhões de brasileiros, em pelo menos 239 cidades das cinco regiões do país, saíram às ruas para pedir a saída da presidente petista Dilma Roussef e protestar contra o imobilismo que marca nossa   atual conjuntura política, econômica e social travando o presente e comprometendo o futuro.
Assim, enquanto uma multidão avaliada em 1,4 milhão de pessoas (segundo a Polícia Militar) e 500 mil (de acordo com a DATAFOLHA), protestavam contra o governo Dilma, a revista VEJA e a Lean Survey promoveram uma pesquisa visando entender o pensamento e as pretensões dos manifestantes. A iniciativa é a primeira a revelar o perfil dos manifestantes: eles tinham idade média de 44 anos e 82% têm ensino superior completo ou incompleto. Nesse dia histórico - nunca tanta gente deixou sua casa para pedir mudanças nos rumos do país - a pesquisa registrou não apenas o desejo da presidente Dilma deixar o poder, mas também a crença, para 91% dos entrevistados, do seu envolvimento direto no petrolão.
Quase  80% dos entrevistados preferem que uma nova eleição seja realizada – requerendo, portanto,  não o impeachment, mas a cassação da chapa vencedora nas eleições de 2014;  Michel Temer, como substituto legal em caso do  impeachment ser  efetivado até o final do segundo ano de mandato, não entusiasma: é a alternativa preferida de apenas 11%.Os entrevistados afirmaram em maioria - pouco mais de 80% - não verem  risco à democracia brasileira na substituição de Dilma pelas vias legais - impeachment ou cassação da chapa Dilma-Temer na Justiça Eleitoral. Os protestos tiveram também como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fundador e principal líder do PT, investigado pela Operação Lava Jato e pelo Ministério Público de São Paulo.
A enorme adesão às manifestações, convocadas majoritariamente por grupos como o “Vem Pra Rua” e o “Movimento Brasil Livre” (MBL), praticamente enterrou o discurso governista e petista de que o País estava dividido; segundo institutos de pesquisa, Polícia Militar e historiadores os atos públicos de domingo último superaram em adesão todas as manifestações anteriormente ocorridas no país, inclusive as do das “ Diretas Já”.
Tanto em São Paulo quanto nas outras capitais do país (Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Maceió, Porto Alegre, Salvador, etc) o número dos manifestantes superou largamente os dos protestos ocorridos em 2015. É o Brasil, mais do que nunca, unido contra a crise e dizendo, explicitamente, BASTA à tanta corrupção e tanta incompetência.
Ribeirão Preto – puxando a brasa para a minha sardinha – deu, mais uma vez, demonstração de civismo e de respeito às instituições: mais de 90 mil ribeirão-pretanos foram às ruas, educadamente, manifestar o seu inconformismo. Idosos, crianças e jovens – representativos de todas as classes sociais – atenderam mais uma vez ao chamamento da Pátria num momento tão dramático quanto o atual. Ao lado de meu filho, o vereador Mauricio Gasparini e de outros companheiros, vivi plenamente as emoções de um dia, tenho certeza, que tende a ser decisivo na história da nossa própria democracia!

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