Welson
Gasparini
Com toda sua atipicidade, 2016 terminou e
estamos, agora, às portas de um 2017 que, espero, seja um ano bem melhor para o
nosso Estado, o nosso País, a nossa Ribeirão Preto e também para nossos
familiares e amigos. Foi um ano, para mim, de muito trabalho e muita dedicação
ao mandato que me foi conferido pelos eleitores de Ribeirão Preto e de todo o
Estado: procurei sempre, dia após dia, fazer o melhor dentro do possível. Tive
a oportunidade de ajudar na eleição de Duarte Nogueira, nosso próximo prefeito,
em quem deposito fundadas esperanças no sentido de tirar nossa cidade do
atoleiro no qual se encontra; também contribui para a reeleição do meu filho,
Maurício Gasparini, para, por mais quatro anos, continuar representando a
população ribeirão-pretana na Câmara Municipal.
Chegamos, enfim, a 2017: como todo o novo traz, em si, uma carga de
esperanças que poderá ser concretizada ou não. Um ano novo melhor depende
apenas de nós; se nós formos melhores, o nosso Ano Novo haverá de ser melhor!
Como fã da poesia de Carlos Drummond de Andrade,
reproduzo – como já fiz em ocasiões anteriores – a sua “Receita de Ano Novo”,
formulada há não sei quantos anos e de perene atualidade, mesmo porque
dependendo de ingredientes muito simples:
“Para
você ganhar belíssimo Ano Novo
cor
do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano
Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal
vivido talvez ou sem sentido)
para
você ganhar um ano
não
apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas
novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até
no coração das coisas menos percebidas
(a
começar pelo seu interior)
novo,
espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas
com ele se come, se passeia,
se
ama, se compreende, se trabalha,
você
não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não
precisa expedir nem receber mensagens
(planta
recebe mensagens?
passa
telegramas?)
Não
precisa
fazer
lista de boas intenções
para
arquivá-las na gaveta.
Não
precisa chorar arrependido
pelas
besteiras consumadas
nem
parvamente acreditar
que
por decreto de esperança
a
partir de janeiro as coisas mudem
e
seja tudo claridade, recompensa,
justiça
entre os homens e as nações,
liberdade
com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos
respeitados, começando
pelo
direito augusto de viver.
Para
ganhar um Ano Novo
que
mereça este nome,
você,
meu caro, tem de merecê-lo,
tem
de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas
tente, experimente, consciente.
É
dentro de você que o Ano Novo
cochila
e espera desde sempre.”
Dentro de nós, portanto, cochila e espera, desde
sempre, o Ano Novo melhor por todos nós imaginado. Cabe-nos, agora, enfrentar
os desafios de 2017 com o coração aberto, dando o melhor de nós para superar
todos os inevitáveis obstáculos ensejados pela própria vida.