Welson
Gasparini
Conforme deixei claro, em artigo que escrevi
logo após tomar conhecimento, em junho deste ano, do projeto 328/2016 visando a
venda de imóveis considerados ociosos pelo Estado, meu posicionamento sempre
foi contrário ao fato de, nessa relação, encontrarem-se 18 deles utilizados
como centros de pesquisa de grande importância no estado de São Paulo. Passei a
estudar esse assunto principalmente pelo fato desse projeto, em sua versão
original, atingir, em Ribeirão Preto, um imóvel localizado na avenida Bandeirantes, 2419, onde estão
situadas a sede e demais edificações do Polo Regional de Desenvolvimento
Tecnológico do Centro Leste da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
(APTA), um centro de pesquisas existente
desde 1934 que abriga, em seu
quadro funcional, 16 pesquisadores doutores, 25 funcionários de apoio e um
engenheiro agrônomo trabalhando em parcerias com entidades nacionais e
internacionais.
Esse projeto, finalmente, foi votado e aprovado
pela Assembleia Legislativa na tarde do último dia 30 de novembro mas,
felizmente, excluindo dos imóveis considerados inservíveis pelo Conselho do
Patrimônio Imobiliário do Estado o ocupado pela APTA-Ribeirão Preto. Essa
exclusão resultou de um trabalho que desenvolvi, pessoalmente, junto a lideranças
de 13 partidos, sensibilizando-as para o fato de que a ciência e a pesquisa não
podem ser prejudicadas pela necessidade do Estado fazer caixa em função das
dificuldades financeiras por ele atualmente enfrentadas.
A notícia, evidentemente, foi comemorada pelos
pesquisadores da APTA-RP, entre tais o engenheiro agrônomo e pesquisador
cientifico José Roberto Scarpellini, diretor técnico dessa instituição
ribeirão-pretana, que utilizou sua página no Facebook para parabenizar-me.
Agradeço-lhe pela gentileza da manifestação mas, na verdade, apenas procurei
cumprir a minha missão como parlamentar: quem estão de parabéns,
verdadeiramente, são a ciência e a pesquisa que terão, em Ribeirão Preto, plena
continuidade.
Em pronunciamento feito da tribuna da Assembleia
Legislativa, na sessão do dia 21 de junho, tive oportunidade de cumprimentar
meu colega, o nobre deputado Carlos Neder, por ter proposto uma ação em juízo
que retardou a tramitação da propositura e possibilitou aos deputados analisar
com celeridade, mas também com profundidade, um projeto tão mal formulado.
Falei, na época, com o líder do governo e com o líder da bancada do PSDB
tomando posição firme e pedindo, já então, o reexame desse assunto.
O bom senso, felizmente, prevaleceu! Conforme ditado popular, “tudo vai bem quando
termina bem”. Terminou bem, assim, o projeto 328/2016 que autoriza o Estado a
alienar imóveis realmente considerados ociosos mas, no entanto, preserva o da
APTA-Ribeirão Preto, modelar pela seriedade como desenvolve suas atividades de
pesquisas, valorizando a ciência e contribuindo para o progresso tecnológico da
agropecuária brasileira.
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