quinta-feira, 17 de julho de 2014

15 ANOS SEM FRANCO MONTORO

     Nunca escondi entre minhas inspirações na política a figura maiúscula de André Franco Montoro falecido no dia 16 de julho de 1999, vítima de um infarto. Filho de um tipógrafo descendente de italianos e de uma dona de casa descendente de espanhóis, Franco Montoro nasceu em São Paulo em 14 de julho de 1916, formou-se em Direito na USP e em Filosofia e Pedagogia na Faculdade São Bento. Percorreu um caminho raro entre os políticos brasileiros: foi vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, governador e ministro de Estado, tendo sempre como preocupação central o fortalecimento da sociedade civil.  Teve na democracia cristã do pós-guerra, assim como eu, a sua matriz ideológica. Por onde passou, deixou sua marca: no ministério do Trabalho criou o salário-família; na Câmara dos Deputados destacou-se na defesa dos trabalhadores e da democracia; assumiu o governo de São Paulo em março de 1982 e montou um secretariado de nível ministerial; nomeou Mário Covas para a prefeitura de São Paulo e fez da descentralização administrativa um dos carros-chefes da sua gestão; foi um dos fundadores do antigo MDB e também do PSDB, sendo responsável pela escolha do tucano como símbolo.
      Não posso deixar de prestar minha reverência, 15 anos após sua morte, a esse verdadeiro símbolo da democracia brasileira, uma prova de que a política pode ser exercida com competência, honestidade e idealismo.

O eterno governador e fundador do PSDB, André Franco Montoro, e eu

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