terça-feira, 15 de julho de 2014

URGENTE: ORDEM É PROGRESSO



Welson Gasparini

     A nação brasileira vive momentos trágicos no que diz respeito aos registros de comportamentos de desonestidade e de corrupção.
     Falam - e é verdade – da existência de muitos políticos desonestos e corruptos. Mas a corrupção, lamentavelmente, é uma doença que vem atingindo todas as classes sociais e profissionais, não apenas a classe política.
     Recente publicação do Jornal “Valor Econômico” focalizou pesquisa feita junto a centenas de empresários participantes de um evento nacional a partir da seguinte indagação: “Sua organização poderia participar de atos de corrupção?”. Essa pergunta, conforme informei em artigo anterior, foi feita a cerca de 500 executivos presentes nessa reunião com a garantia de anonimato nas respostas.
    Do total, 62% admitiram “sim”. Apenas 21% negaram a possibilidade e 17%, simplesmente, não souberam responder.
      Em seguida foi feita a seguinte pergunta sobre os concorrentes. “Eles se valem de práticas ilegais para terem vantagens em contratos com os setores públicos?”.
Para os empresários que participaram dessa pesquisa, 85% dos seus competidores, dependendo da oportunidade, corrompem os agentes públicos.
     Comentando o resultado da pesquisa, vários empresários disseram que muitas vezes são obrigados a agirem desta maneira, pois, caso contrário, não conseguem êxito nos seus relacionamentos empresariais com os órgãos públicos.
      São muitos os casos que aparecem nas investigações dos Tribunais de Contas, do Ministério Público ou em denúncias pela imprensa; poucos são aqueles nos quais, ao final das investigações, resultam em penalidades aos que burlaram as leis e causaram graves prejuízos à administração pública.
     Chega-se, em muitos momentos, a uma conclusão assustadora: no Brasil o crime compensa e este, talvez, o motivo de tantos aderirem e se deixarem enredar pelo sistema de corrupção.
    Temos de reagir. Não podemos aceitar que nosso Brasil prossiga nesta caminhada vergonhosa de corrupção e de total desrespeito aos preceitos éticos e morais inerentes à condução dos negócios públicos.
      Vamos alterar, com urgência, a frase presente na bandeira nacional, pois são urgentes ações para colocarem nas cadeias os desonestos e os marginais, sejam eles corruptos ou corruptores, vendam ou comprem vantagens ilícitas para atingirem fins desonestos. Vamos viver novos tempos; um tempo de “ORDEM É PROGRESSO” e não de, tão somente, ORDEM E PROGRESSO. 

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