Nunca escondi entre minhas inspirações
na política a figura maiúscula de André Franco Montoro falecido no dia 16 de
julho de 1999, vítima de um infarto. Filho de um tipógrafo descendente de italianos
e de uma dona de casa descendente de espanhóis, Franco Montoro nasceu em São Paulo em 14 de
julho de 1916, formou-se em Direito na USP e em Filosofia e Pedagogia na
Faculdade São Bento. Percorreu um caminho raro entre os
políticos brasileiros: foi vereador, deputado estadual, deputado federal,
senador, governador e ministro de Estado, tendo sempre como preocupação central
o fortalecimento da sociedade civil.
Teve na democracia cristã do pós-guerra, assim como eu, a sua matriz
ideológica. Por onde passou, deixou sua marca: no ministério do Trabalho criou
o salário-família; na Câmara dos Deputados destacou-se na defesa dos
trabalhadores e da democracia; assumiu o governo de São Paulo em março de 1982 e montou um secretariado de nível ministerial; nomeou Mário Covas para a
prefeitura de São Paulo e fez da descentralização administrativa um dos
carros-chefes da sua gestão; foi um dos fundadores do antigo MDB e também do
PSDB, sendo responsável pela escolha do tucano como símbolo.
Não posso deixar de prestar minha
reverência, 15 anos após sua morte, a esse verdadeiro símbolo da democracia
brasileira, uma prova de que a política pode ser exercida com
competência, honestidade e idealismo.
O eterno governador e fundador do PSDB, André Franco Montoro, e eu |
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