Quando acompanhamos pela imprensa notícias de furtos, roubos,
assassinatos, estupros e tantos tipos de violência compreendemos a sensação de
medo ora dominando as pessoas e as famílias em geral.
Chegamos
ao absurdo de reconhecermos: os bandidos agem de tal forma, com tanta
desfaçatez, que parece não terem medo da polícia e da justiça; parece, até,
zombarem da lei e da ordem.
É
verdade que as penitenciárias estão lotadas, mas, nem de longe, isto significa
que os bandidos estão sendo contidos nas suas ações. Pelo contrário, diante da
proliferação dos delitos, chega-se a conclusão de que, no Brasil, o crime
compensa. Muitos são detidos e, logo em seguida, soltos; outros, uma minoria,
acaba presa, obrigando os governantes a construírem mais presídios para
abrigá-los no cumprimento das penas a eles impostas.
Além
de leis imperfeitas que dificultam o processamento das ações judiciais, as
deficiências materiais e humanas do Poder Judiciário originam o acumulo de
milhares de processos e a justiça acaba demorando muito para chegar ao final,
quando chega.
Recentes
processos que cuidaram do desvio de milhões de reais dos cofres públicos, o
chamado “mensalão”, demorou cerca de dez anos para irem a julgamento e – numa
novela aparentemente interminável - ainda estão sendo apreciados recursos apresentados
pelos advogados dos réus.
Esta
situação precisa mudar; o povo não agüenta mais tanta violência e corrupção. As
famílias vivem com medo de irem às praças públicas ou de caminharem pelas ruas,
pois os assaltos e as violências acontecem todas as horas e se e repetem todos
os dias; muitas pessoas já foram assaltadas várias vezes.
Penso
que nossos governantes precisam aceitar e adotar como um programa de ação
urgente: “Tolerância zero, justiça já!”
Que os setores da segurança pública
tenham os recursos materiais e humanos para os bandidos sentirem que a
“tolerância zero” é para valer. E que a justiça tenha recursos materiais e
humanos para que os bandidos, os agentes da violência, sejam condenados com
rapidez provando o funcionamento da justiça em nosso Brasil.
Preconizo,
finalmente, uma grande modificação no sistema penitenciário. Que os presos, ao
contrário de estarem em uma escola de aperfeiçoamento para suas ações
criminosas, possam ter ensino profissional e exercício de atividades para, ao
saírem dos presídios, terem condições de trabalhar e de conviver com seus
familiares, abandonando as práticas criminosas e sendo úteis à sociedade.
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