Andei
lendo alguns artigos que escrevi em 2011, no primeiro ano do meu atual mandato
como deputado estadual, encontrando num deles motivação para tratar de um
problema da mais absoluta gravidade: a água, essa riqueza lamentavelmente
finita, ora começando a faltar em inúmeras torneiras de Ribeirão Preto e de
toda a nossa região. Focalizava, então, minha participação em reunião do Rotary
Clube Ribeirão Preto - Irajá (do qual, orgulhosamente, sou sócio honorário) e
manifestava o meu entusiasmo com uma iniciativa desse clube de serviços: o lançamento do “Projeto Água”, voltado
para a defesa do meio ambiente e iniciado, em sua parte prática, orientando e
criando uma consciência conservacionista nos alunos do Colégio Santos Dumont
relativamente à importância fundamental da água. Os alunos acompanharam palestras
relacionadas ao tema e, no final, participaram de um concurso de redação, com
direito a prêmios para os primeiros colocados. Esse projeto tornou-se possível
graças à iniciativa do Rotary Club Irajá
e da Casa da Amizade, com o apoio do Ribeirão Shopping, da L´uminus, do
programa “Maurício e Marcelo”, da Scala Adesivos, da Associação Diabetes de
Ribeirão Preto, da DiGalvez – Ferramentas de Corte, da Facchini, da Supera –
Ginástica para o Cérebro e da Kaufe Infoeletro.
Aproveitei
para fazer reflexões sobre a importância da água em nossas vidas e o quanto é
necessário evitar o desperdício, infelizmente acontecendo em larga escala no nosso
dia a dia. Economizar, não poluir e conservar a água é essencial para a
sobrevivência da própria humanidade. Torna-se, portanto, de pungente atualidade
a mensagem preconizada pelo Projeto Água: “a consciência de que é preciso mudar
dependerá de nós, de nossas atitudes, comportamentos e nosso grau de
civilidade”.
Dados foram então apresentados: uma torneira mal
fechada, por exemplo, pinga, em um dia, quantidade de água suficiente para
matar a sede de uma pessoa por vinte dias; uma ducha de 15 minutos, com a
torneira aberta, consome 240 litros de água. Se fecharmos a torneira, enquanto
nos ensaboamos, podemos reduzir pela metade esse consumo. Outro dado
significativo: o ser humano pode passar 28 dias sem comer, mas só 3 dias sem
beber água!
Esse Projeto Água cumpriu o seu papel de orientar e esclarecer mas,
agora, é preciso ir além: a redução do consumo de água doméstico tornou-se, até
mesmo, uma questão de consciência. O uso consciente da água precisa ser adotado
por todos nós num momento em que o racionamento de água já acontece em São
Paulo e em cidades de nossa região como Altinópolis, Batatais, Bebedouro,
Cravinhos, Serrana e Pitangueiras. Em Ribeirão Preto mesmo existem moradores - conforme
a imprensa noticiou - há 40 dias sem o
precioso líquido em suas residências.
Prevenir, comprovadamente, sempre é melhor do que
remediar: é preferível, portanto, um racionamento movido pela sensatez do que
um racionamento compulsório, conforme já
começam a adotar inúmeras cidades
compelidas – em função da prolongada estiagem – pelo aumento da demanda e pela
diminuição da oferta de água.