terça-feira, 8 de agosto de 2017

SEGURANÇA NA ZONA RURAL!


Welson Gasparini

Participei, na manhã da última sexta-feira, 04, de importante reunião no Sindicato Rural de Ribeirão Preto destinada a discutir, com o coronel Washington Luiz Pestana (Comandante do CPI-3 da Polícia Militar) o problema da insegurança enfrentado pelos produtores e trabalhadores rurais diante das violências e invasões de propriedades verificadas nos últimos tempos. Aberta pelo presidente daquela entidade, Joaquim Augusto Azevedo Souza, a reunião contou com a participação do vereador Mauricio Gasparini (presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Ribeirão Preto), de produtores rurais vítimas de violências e dos capitães Walter Gustavo Silva (comandante da 3ª Cia do 3º BPM/I) e Mauricio Rafael Jerônimo de Mello (comandante da 2ª. Cia do 51 BPM/I, responsável pela segurança das regiões sul e sudeste de Ribeirão Preto).
Foi uma reunião muito proveitosa, principalmente pela iniciativa do vereador Mauricio (falando também pelos demais integrantes daquela Comissão, vereadores Renato Zuccoloto e Fábio Guimarães) de programar para o próximo dia 14, naquele mesmo auditório, a abertura da “Semana da Segurança Pública” quando será apresentado um projeto de georeferenciamento das propriedades rurais – já aplicado nas regiões de Ibitinga e São Carlos – capaz de agilizar o deslocamento das viaturas policiais em caso de eventuais ocorrências, iniciativa que poderá ser viabilizada através do apoio do Sindicato Rural através dos seus associados. 
Ficou claro, mais uma vez, o clima de insegurança vivido pelos produtores rurais não apenas de Ribeirão Preto como, também, de Altinópolis, Brodowski, Batatais e Jardinópolis que – ainda quando acontecia a 23ª versão da Agrishow – em menos de 10 dias tiveram cerca de 10 fazendas invadidas, sendo vítimas de verdadeiros arrastões. Esses marginais – eis outro agravante – não se contentam apenas em furtar ou roubar: também vandalizam as propriedades e, não raro, humilham proprietários ou trabalhadores rurais que ousem tentar impedi-los. Foi o que aconteceu numa das propriedades invadidas onde um vigia foi rendido e, como relutava em dizer uma senha do interesse dos invasores, levou um tiro no dedo mínimo de sua mão. Tipo de cena, diga-se de passagem, própria desses filmes policiais baratos, onde os vilões deformam suas indefesas vítimas, isto quando não estupram e violentam as mulheres da casa.
Deixei claro o meu total apoio a toda e qualquer iniciativa voltada para garantir a ordem, a paz e a tranquilidade no meio rural pois o setor agrícola -  em meio a um momento de desemprego generalizado e de incertezas na economia – tem dado respostas positivas e contribuído para o próprio equilíbrio da nossa balança comercial; merece, portanto, não apenas a proteção do Estado como, também, o respeito da sociedade brasileira. 

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