Welson
Gasparini
Li, em artigo do médico Dráuzio Varella, na
“Folha” do último dia 14 de abril – fundado no mais completo estudo sobre a
prevalência mundial do fumo em publicação da revista “The Lancet” – alguns
dados realmente estarrecedores sobre a mortífera droga representada pelo
cigarro:
1)
Quase 1 bilhão de pessoas fumam no mundo e o cigarro é a principal causa de
morte precoce em mais de 100 países;
2)
Em relação a 1990, a porcentagem de fumantes na população caiu de 18% nos
homens e 34% nas mulheres;
3)
Embora a prevalência tenha caído 30% entre 1990 e 2015, o crescimento
populacional elevou o número total de fumantes de 870 milhões para 933 milhões
no mesmo período;
4)
Apesar da redução da prevalência, a mortalidade aumentou 4,7%;
5)
Em 2015, houve 6,4 milhões de mortes atribuíveis ao cigarro;
6)
Em 1990 fumar estava entre as cinco principais causas de incapacitação para o
trabalho em 88 países; o número aumentou para 109 em 2015.
No Brasil, enquanto isto, segundo estudo
conduzido pela pesquisadora Emmanuela Grakidou, o país apresentou a terceira
maior queda mundial na prevalência em ambos os sexos; 55%. Em 1990, cerca de
30% dos brasileiros com mais de 15 anos fumavam; atualmente, são pouco mais de
10%. Essa redução foi alcançada através de um conjunto de políticas públicas,
entre tais: aumento de impostos, restrições à publicidade e ao fumo em lugares
públicos; imagens expostas nos maços de cigarros e, sobretudo, divulgação dos
malefícios pelos meios de comunicação de massa. Mesmo com essa queda
porcentual, ainda assim o Brasil está no ranking dos dez países com maior
número absoluto de fumantes, ao lado de China, Indonésia, Estados Unidos,
Rússia, Bangladesh, Japão, Alemanha e Filipinas.
Em pronunciamento recente, na tribuna da ALESP,
novamente conclamei o governador Geraldo Alckmin a – inclusive como médico –
assumir a liderança de uma guerra sem trégua ao vício de fumar no estado de São
Paulo! Conclamei-o a usar a força e o prestígio do seu cargo para mostrar, ao
Brasil, exemplo de como seria possível melhorar – e em muito – a saúde pública
sem gastar muito dinheiro, apenas fazendo campanhas e mobilizando as pessoas,
notadamente as famílias, as Igrejas e as escolas. Devem ser convocados, nessa
guerra, os professores, os padres, os pastores e os chefes de família a
orientarem jovens e adultos sobre a importância de se evitar um vício do qual,
infelizmente, poucos conseguem se libertar.
Essa situação pode e deve ser mudada; o papel
reservado ao governador, entendo eu, é preponderante para tornar o Estado de
São Paulo um modelo a ser seguido por todo o Brasil. Se não podemos recuperar
quem já se deixou vencer pelo vício, cabe-nos – como homens públicos
conscientes – o dever de tudo fazer para impedir o surgimento de novos viciados.
Clesio Souza Soares e professor doutor Rufino HCFMRP USP campanhas antitabagismo. Acessem.
ResponderExcluirClesio Souza Soares e professor doutor Rufino HCFMRP USP campanhas antitabagismo. Acessem.
ResponderExcluirOs doutores Rufino, Usp, e Clesio Souza Soares trabalham o tabagismo em nossa regiao.
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