Welson
Gasparini
O jornal “Tribuna de Ribeirão Preto” informou,
em manchete: cirurgias podem ser suspensas e o tratamento de centenas de
pacientes do Hemocentro de Ribeirão Preto está em risco, bem como cirurgias
programadas para 120 hospitais da região. Um quadro realmente triste e, por
sinal, objeto de matérias especiais em edições do “Jornal da EPTV”. Esse
cenário entristecedor resulta, basicamente, da falta de maior número de
doadores para atender um banco de sangue que atende, além de Ribeirão Preto,
cerca de 220 municípios.
Infelizmente os estoques estão, novamente,
abaixo do necessário. No momento dessas abordagens jornalísticas, por exemplo,
não havia nenhuma bolsa para o tipo B negativo e apenas três para o O negativo.
O Hemocentro de Ribeirão Preto é um centro regional
distribuidor de sangue para 33% do estado de São Paulo ensejando a realização
de cerca de 800 transfusões de sangue por mês.
Esta triste realidade pode e precisa ser mudada
já. Mesmo porque podem doar sangue pessoas desde os 16 anos, acompanhadas dos responsáveis,
até os 70 anos, desde que estejam em boas condições saúde.
Qualquer cidadão, portanto, na faixa etária dos
16 aos 70 anos, pode e deve salvar vidas. Não custa nada doar sangue. Agindo
assim, estará dando demonstração de grande amor ao seu próximo. E, mais
importante: estará servindo de exemplo de conduta para os seus familiares e
para os seus amigos.
O sangue doado não fará falta a quem doa, mas
pode significar garantia de vida para quem vai recebê-lo.
Gostaria de fazer um apelo aos sacerdotes e
pastores: que usem o púlpito de suas igrejas mostrando aos seus féis
importância de atender a esta conclamação, doando sangue e salvando vidas.
Idêntico apelo endereço aos professores de
nossas faculdades e dos cursos de segundo grau (nos quais estejam matriculados
alunos acima de 16 anos) para, em suas aulas, explicarem aos alunos (sejam eles
jovens ou idosos) a importância de doar sangue, porque dessa doação vidas
humanas podem ser salvas e não custa nada socorrer, com a urgência requerida
pelos estoques precários do Hemocentro, seres humanos, nossos irmãos, carentes
desta solidariedade.
Doar sangue, reitero, é salvar vidas! E muitas
vidas, atualmente, estão em risco – notadamente aquelas necessitadas de
hemodiálise (vitimadas por insuficiências renais crônicas) ou de cirurgias,
quase sempre, inadiáveis.
Não é possível, portanto, ficarmos impassíveis
quando, nos hospitais das redes públicas ou particulares, vidas estejam sendo
perdidas pela falta de resposta imediata ao pedido – que ora faço – de doação
de sangue.