Welson
Gasparini
Pretendo dedicar minha atenção, nas próximas
sessões da ALESP, a projetos e pronunciamentos voltados para o fortalecimento,
em primeiro lugar, das escolas; em segundo, das religiões e, em terceiro, das
famílias. Isso decorre do fato do Estado de São Paulo, considerado o mais
desenvolvido e mais importante do País, estar com superlotação em todas as suas
prisões, até mesmo em presídios
inaugurados recentemente, todos com mais presos dos projetados para
comportar. Segundo reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, dos 20 dos
estabelecimentos prisionais que passaram a funcionar nos últimos cinco anos, em
18 deles sua população já ultrapassou a capacidade prevista. As duas dezenas de
penitenciárias masculinas e femininas, Centros de Detenção Provisória e Centros
de Progressão Penitenciária que contam com 17.613 vagas estão, atualmente, com
26.872 detidos, um excedente de 53 por cento.
É preciso acabar com a fábrica de bandidos neste
País. A situação vivida é muito difícil porque estamos, inclusive, partindo
para um quadro no qual os brasileiros, em geral, estão carentes no entendimento
dos valores morais, éticos e espirituais para um procedimento correto nas suas
vidas.
Três fundamentos, acredito, são essenciais para
termos uma sociedade mais justa, mais humana e, principalmente, mais
respeitadora da vida humana. Primeiro fundamento: muitas escolas, hoje,
infelizmente, estão em situação deplorável; professores fingem que ensinam,
alunos fingem que aprendem e as manchetes dos jornais falam, inclusive, de
agressões a professores por estudantes em sala de aula. É preciso que os governantes deem toda a
atenção à escola e incentivem as reuniões de pais e mestres promovendo uma
integração da qual resulte um melhor entendimento com os próprios alunos.
Então, a primeira luta será pela valorização das escolas e dos professores,
remunerando-os condignamente e os estimulando a proporcionar uma boa formação
aos seus discípulos. O segundo fundamento, também importante da sociedade: as
religiões, hoje também enfraquecidas. Vamos lutar com todas as forças para as
igrejas de todas as religiões voltarem a pregar valores morais, éticos e
espirituais contribuindo para formar uma nova geração baseada no respeito e no
amor ao próximo. E por último, mas não menos importante, o fortalecimento das
famílias.
Os laços familiares são de grande importância e,
infelizmente, no momento, as famílias estão enfraquecidas. Com o pai trabalhando,
a mãe trabalhando, onde ficam essas crianças quando não estão nas escolas?
Muitas vezes, nas ruas onde acabam quase sempre aprendendo o que não devem. É
indispensável, portanto, fortalecer as famílias adotando uma série de
providências, entre tais a instalação, na rede pública, das escolas de tempo
integral onde elas tenham alimentação, educação e, ainda, a possibilidade de
práticas esportivas, ensejando o companheirismo ao lado de uma melhor formação
para os seus procedimentos na sociedade. O dinheiro que o Estado usa,
atualmente, para construir presídios seria muito melhor aproveitado se
utilizado na construção de escolas de tempo integral.
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