Welson
Gasparini
O Papa Francisco canonizou, no primeiro domingo
deste mês de setembro, a madre Teresa de Calcutá, símbolo da caridade e da
dedicação aos pobres, convertendo-a, assim, em modelo para católicos de todo o
mundo. A "incansável benfeitora da humanidade", como foi chamada pelo
Papa João Paulo II, foi canonizada um dia antes dos 19 anos de sua morte, em 5
de setembro de 1997, aos 87 anos. Dedicando sua vida aos pobres e doentes, Teresa
alcança a glória dos altares durante o ano santo extraordinário da misericórdia
proclamado pelo próprio Francisco. Segundo o Papa, numa cerimônia contando com
a presença de cerca de cerca de 120 mil fiéis de diversas partes do mundo a
missão da nova santa permanece, nos dias de hoje, como um testemunho eloquente
da proximidade de Deus junto aos mais pobres. Francisco também se referiu à
religiosa como modelo de santidade para todos os agentes de misericórdia.
“Madre Teresa – proclamou o Sumo Pontífice
- ao longo de toda a sua existência, foi
uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a
todos, por meio do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e
daqueles abandonados e descartados”.
Referindo-se à
fundadora das Missionárias da Caridade, Francisco pediu que “esta
incansável agente de misericórdia” ajude o mundo a entender que o único
critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer
vínculo e que é derramado sobre todos sem distinção de língua, cultura, raça ou
religião. Levemos no coração o seu sorriso e o ofereçamos a quem encontremos no
nosso caminho, especialmente àqueles que sofrem. Assim, abriremos horizontes de
alegria e de esperança numa humanidade tão desesperançada e necessitada de
compreensão e ternura”, concluiu o papa. A religiosa, cujo nome verdadeiro é
Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em uma comunidade albanesa no sul da antiga
Iugoslávia. Ordenou-se freira na Índia, onde tomou o nome de Teresa. Em 1946,
decidiu abandonar o convento e viver para os pobres. Sua atuação como
missionária lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979.
Também o Brasil pode se orgulhar de ter entre as
eleitas de Deus – já beatificada e aguardando o término do processo de
canonização – a Irmã Dulce, conhecida como “Mãe dos Pobres” e “Anjo Bom da
Bahia”. Em solenidade realizada no dia 12 de maio de 2011, em Salvador, coube
ao Papa Bento XVI ler o decreto apostólico inscrevendo-a na lista dos santos e
beatos da Igreja Católica, propondo-a como exemplo cristão para todos os fiéis
e definindo o dia 13 de agosto como a data de celebração da sua festa
litúrgica.
Dulce e Teresa são dois exemplos de humildade e
amor ao próximo; duas vidas, efetivamente, santas.
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