Welson
Gasparini
Por duas vezes, nos últimos dias, ocupei a
tribuna da Assembleia Legislativa para registrar um fato alarmante: o pavor que
tomou conta da zona rural de Ribeirão
Preto e região afetando, diretamente, os produtores rurais de Brodowski,
Batatais, Altinópolis e Jardinópolis. Só em Brodowski esses marginais,
utilizando métodos semelhantes, se apropriaram de bens das fazendas Mataruna,
Ponta da Serra, Bom Retiro, São José e Itaimbé. Apelei ao governador Geraldo
Alckmin e ao secretário da Segurança Pública no sentido de agilizarem medidas
preventivas capazes de devolver a paz tão desejada por esses brasileiros que
tanto contribuem, além de gerarem receitas e empregos, na produção dos
alimentos indispensáveis ao sustento das nossas famílias. Cumprimentei, ainda,
o governador pela sua iniciativa de contratar, através de concursos públicos,
2811 policiais militares e sugeri que uma parcela desses contratados fosse
encaminhada para as patrulhas rurais de modo a proporcionar aos proprietários e
aos trabalhadores do campo a segurança merecida por parte do governo do Estado.
Recebi, logo após esse pronunciamento, outra
informação chocante: uma quadrilha, fortemente armada, no antigo distrito de
Bonfim Paulista, em Ribeirão Preto, invadiu um sitio, fez 12 reféns e ainda
roubou uma moto e um carro; ninguém – a exemplo do ocorrido nas cidades acima
mencionadas – foi preso.
Não se sabe se é a mesma quadrilha ou mais uma.
O fato é que esse assalto nesse sítio demonstrou a ousadia desses marginais e a
tranquilidade com a qual eles intranquilizam os produtores e os trabalhadores
rurais de Ribeirão Preto e região. Aproveitei, já num segundo pronunciamento,
para reiterar o meu apelo no sentido das patrulhas rurais serem incentivadas,
modernizadas e ampliadas devido sua importância.
Salvo engano, em toda região de Ribeirão Preto,
temos apenas uma viatura e dois soldados. Irei verificar se é isso mesmo. Se
for, deixo a indagação: como é possível toda a área rural da região ser
atendida por apenas uma viatura da Patrulha Rural?
Há algum tempo, nem se falava em assalto a
sítios e fazendas; os fazendeiros e trabalhadores viviam, tranquilos, suas
labutas ou seu lazer. Agora, parece que os marginais decidiram acabar com tanta
paz e tranquilidade agindo, quando enfrentados, com violência e maldade. A
Policia Militar e a Policia Civil – e pretendo levar essa situação,
pessoalmente, acompanhado por Joaquim Augusto Azevedo Souza (presidente da
Associação e do Sindicato Rural de Ribeirão Preto) ao comandante do CPI-3 e ao
delegado regional de polícia pedindo-lhes uma atenção especial para problema
tão relevante - precisam agir com celeridade de modo a identificar e prender os
integrantes dessas quadrilhas.
Lugar de bandido, não custa lembrar, é na cadeia
e o dever da polícia é prender quem atenta contra a propriedade ou a vidas
alheias.
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