Os produtores rurais das cidades de Brodowski,
Batatais e Altinópolis – justamente no momento em que Ribeirão Preto sedia a
23ª versão da Agrishow – vivem um clima de pavor e não é para menos: em menos
de 10 dias cerca de 10 fazendas dessas cidades foram vítimas de verdadeiros
arrastões por bandidos ainda não identificados. Fazendeiros honrados – que
cumprem seus deveres com o fisco e com a sociedade, contribuindo para manter a
paz social – de uma hora para outra tiveram sua tranquilidade perturbada e seus
bens violados sem que a polícia,
lamentavelmente, nada fizesse para protegê-los ou para identificar os culpados.
Esses marginais não se contentam apenas em
furtar ou roubar: também vandalizam as propriedades e, não raro, humilham
proprietários ou trabalhadores rurais que ousem tentar impedi-los. Foi o que
aconteceu numa das propriedades invadidas onde um vigia foi rendido e, como
relutava em dizer uma senha do interesse dos invasores, levou um tiro no dedo
mínimo de sua mão. Tipo de cena, diga-se de passagem, própria desses filmes
policiais onde os vilões deformam suas indefesas vítimas, isto quando não
estupram e violentam as mulheres da casa.
Em Brodowski, palco da maioria dessas ações
(apenas na madrugada do último dia 24 para 25 de março foram invadidas as
fazendas Mataruna e Ponta da Serra) a situação é ainda mais inquietadora porque
o município está sem o delegado titular (afastado para participar das próximas
eleições) e quem responde, de fato, pela delegacia é o investigador Cristiano
Miguelassi, por sinal muito competente e dedicado no seu trabalho. Segundo
informações por ele dadas à imprensa ribeirão-pretana o bando é formado, no
mínimo, por três bandidos que operam de forma planejada: deixam seu veículo
estacionado em curta distância das fazendas e chegam caminhando às respectivas
sedes. Dentro dos imóveis, procuram por
dinheiro, joias, armas e pertences diversos; uma vez saciados nessa busca,
vandalizam os cômodos com descartes de bebidas e comidas, após consumidas,
espalhadas pelas paredes e pelo chão.
Uma semana antes de se apropriarem de bens das
fazendas Mataruna e Ponta da Serra essa mesma quadrilha (presume-se!) invadiu
as fazendas Bom Retiro, São José e
Itaimbé, também em Brodowski. Já em Batatais, foram invadidas quatro fazendas
e, em Altinópolis, duas. Nem o ex-prefeito de Jardinópolis, Amaury Pegoraro,
escapou da fúria desses criminosos: teve sua propriedade, em Jardinópolis,
invadida e violências foram praticadas contra ele e seus familiares, felizmente
sem maiores consequências.
Justamente indignados esses proprietários rurais
clamam, tão somente, por segurança e por respeito às suas propriedades; pelo
direito de morarem e conviverem com suas famílias; pela possibilidade de
trabalharem e curtirem o seu lazer sem serem molestados.
É um tema que pretendo abordar na tribuna da
ALESP apelando ao governador Geraldo Alckmin e ao secretário da Segurança
Publica, Alexandre Moraes no sentido de agilizarem medidas preventivas capazes
de devolver a paz tão desejada por esses brasileiros que tanto contribuem,
gerando receitas e empregos, para a prosperidade do nosso Brasil.
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