Eu e meu filho, vereador Maurício Gasparini |
Welson
Gasparini
O Brasil viveu, no último domingo, um dia
histórico quando milhões de brasileiros, em pelo menos 239 cidades das cinco
regiões do país, saíram às ruas para pedir a saída da presidente petista Dilma
Roussef e protestar contra o imobilismo que marca nossa atual conjuntura política, econômica e
social travando o presente e comprometendo o futuro.
Assim, enquanto uma multidão avaliada em 1,4
milhão de pessoas (segundo a Polícia Militar) e 500 mil (de acordo com a
DATAFOLHA), protestavam contra o governo Dilma, a revista VEJA e a Lean Survey
promoveram uma pesquisa visando entender o pensamento e as pretensões dos
manifestantes. A iniciativa é a primeira a revelar o perfil dos manifestantes:
eles tinham idade média de 44 anos e 82% têm ensino superior completo ou
incompleto. Nesse dia histórico - nunca tanta gente deixou sua casa para pedir
mudanças nos rumos do país - a pesquisa registrou não apenas o desejo da
presidente Dilma deixar o poder, mas também a crença, para 91% dos
entrevistados, do seu envolvimento direto no petrolão.
Quase 80%
dos entrevistados preferem que uma nova eleição seja realizada – requerendo,
portanto, não o impeachment, mas a
cassação da chapa vencedora nas eleições de 2014; Michel Temer, como substituto legal em caso
do impeachment ser efetivado até o final do segundo ano de
mandato, não entusiasma: é a alternativa preferida de apenas 11%.Os entrevistados
afirmaram em maioria - pouco mais de 80% - não verem risco à democracia brasileira na substituição
de Dilma pelas vias legais - impeachment ou cassação da chapa Dilma-Temer na
Justiça Eleitoral. Os protestos tiveram também como alvo o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, fundador e principal líder do PT, investigado pela
Operação Lava Jato e pelo Ministério Público de São Paulo.
A enorme adesão às manifestações, convocadas
majoritariamente por grupos como o “Vem Pra Rua” e o “Movimento Brasil Livre” (MBL),
praticamente enterrou o discurso governista e petista de que o País estava
dividido; segundo institutos de pesquisa, Polícia Militar e historiadores os atos
públicos de domingo último superaram em adesão todas as manifestações
anteriormente ocorridas no país, inclusive as do das “ Diretas Já”.
Tanto em São Paulo quanto nas outras capitais do
país (Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, Maceió,
Porto Alegre, Salvador, etc) o número dos manifestantes superou largamente os
dos protestos ocorridos em 2015. É o Brasil, mais do que nunca, unido contra a
crise e dizendo, explicitamente, BASTA à tanta corrupção e tanta incompetência.
Ribeirão Preto – puxando a brasa para a minha
sardinha – deu, mais uma vez, demonstração de civismo e de respeito às
instituições: mais de 90 mil ribeirão-pretanos foram às ruas, educadamente,
manifestar o seu inconformismo. Idosos, crianças e jovens – representativos de
todas as classes sociais – atenderam mais uma vez ao chamamento da Pátria num
momento tão dramático quanto o atual. Ao lado de meu filho, o vereador Mauricio
Gasparini e de outros companheiros, vivi plenamente as emoções de um dia, tenho
certeza, que tende a ser decisivo na história da nossa própria democracia!
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