Welson Gasparini
Em artigos e pronunciamentos eu tenho
focalizado a necessidade de mudanças profundas nas ações e no comportamento dos
nossos dirigentes, sejam eles municipais, estaduais ou federais. O Brasil,
insisto sempre, não aceita mais conviver com as mentiras que lhe foram impostas
nos últimos anos; algumas delas, de tão repetidas, quase até se transformaram
em verdades!
São mentiras, lamentavelmente,
implementadas já durante a campanha eleitoral quando os candidatos, embarcando
no mundo da fantasia, dão a entender serem possuidores de formulas mágicas
capazes de solucionar todos os problemas sociais e econômicos das suas cidades,
dos seus estados e do nosso país. Acenam com a criação de empregos, valorização
salarial dos funcionários públicos e dos trabalhadores em geral, vagas
escolares para todos e em todos os níveis, saúde total e muito mais como se
possuíssem uma varinha de condão apta a transformar problemas em soluções.
As mentiras começam a ser desmascaradas
já quando, empossados, se veem diante da realidade ocultada durante o período
eleitoral. Começam então – e este filme está sendo repetido pelo governo
federal desde o último dia 1º de janeiro – a pedir paciência e sacrifícios à
população; aumentam tributos, oneram os mais pobres e, ainda, revogam ou
reduzem direitos trabalhistas. O
desemprego, eis outro dado triste, se alastra e, agravando ainda mais esse
cenário, as placas de “aluga-se” ou “vende-se’ espalham-se por todas as partes.
O Brasil precisa conhecer a verdade e
a verdade é um governo que gasta mais do que arrecada e promete mais do que
pode cumprir como resultado de uma máquina estatal aparelhada partidariamente, inchada
e ineficiente.
Infelizmente, apenas boas intenções
não bastam; de bem intencionados, conforme dito popular, o inferno está cheio.
É preciso, sim, ação e ação concreta; de investimentos direcionados a setores
capazes de responder, eficientemente, com a geração de empregos e, sobretudo,
de renda. Não podemos continuar assistindo, por exemplo, o BNDES (Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) direcionando recursos do povo
brasileiro para construções em Cuba, Venezuela ou na África quando faltam
recursos para obras infraestruturais básicas em nosso próprio país.
Algumas carências não podem
persistir, principalmente nas áreas da Saúde e da Educação (e o “slogan” da
presidente Dilma de “Pátria Educadora” acabou virando piada diante da redução das
verbas destinadas aos programas educacionais do próprio governo federal); o
aposentado não pode continuar tendo sua renda defasada ano a ano e os doentes
não podem continuar morrendo à espera de vagas hospitalares.
O Brasil da verdade não pode conviver
com o Brasil da mentira mesmo porque mentira tem perna curta e - mais dias,
menos dias - a verdade acaba se
revelando.
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