Ela causa mortes,
lamentavelmente, disseminadas mas presentes no dia dos brasileiros e nos
noticiários dos jornais ou emissoras de rádio ou tevês: mata as crianças por
falta de UTIs; mata doentes por falta de hospitais; mata pessoas em acidentes
por falta de estradas mais seguras; mata o futuro do Brasil por falta de
investimentos em educação.
A corrupção
nos dias atuais é o mesmo que era a saúva na década de 50 quando se propagou o
celebre adágio: “ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil”.
O Brasil, felizmente, mesmo não conseguindo eliminar a saúva conseguiu, ao
menos, controla-la. Já a corrupção, aparentemente, é uma epidemia fugindo a
qualquer tipo de controle: ela está presente em todas as faixas e em todas
escalas sociais.
Ela deve ser
medida, a meu ver, não pelo valor desviado para os bolsos dos espertalhões; não
pelo que sobra mas, sim, pelo que falta. E quanta coisa não falta neste país
para torna-lo mais próspero, mais justo e mais feliz? Faltam saneamento básico
(e ainda recentemente focalizei o drama de bilhões de pessoas vivendo neste
planeta sem os benefícios da água e do esgoto tratados); estradas bem
conservadas (e quem sai pelas estradas brasileiras, exceto as paulistas, sabe
bem do que falo); atendimento primário à saúde (nem mesmo o elementar é feito);
acesso à educação de qualidade (são raros os que podem pagar pelo direito de
bem estudar); creches (e quantas mães não são impedidas de trabalhar por não
terem onde deixar seus filhos?); habitação (o déficit de moradias se agrava a
cada dia...) etc, etc.
Dados do
IBGE mostram, na região Norte do país, um Brasil onde mais de 60% dos
domicílios não dispõem de recursos mínimos como água encanada, esgoto tratado,
coleta de lixo e, até mesmo, energia elétrica! 58,4% da população brasileira,
eis outro dado alarmante, apresenta pelo menos um tipo de carência entre quatro
itens avaliados: atraso educacional, qualidade dos domicílios, acesso aos
serviços básicos e acesso à seguridade social.
É um pais,
percebe-se, com milhões vivendo na base do “salve-se quem puder” e alguns
poucos se locupletando, em benefício próprio, do sacrifício alheio.
O combate à
corrupção deve começar na própria família (com os pais difundindo nos seus filhos
princípios como ética, honestidade e moralidade), tendo continuidade nas
escolas e nas igrejas criando-se a mentalidade do “não roubar” e também a do
“não deixar roubar”.Não podemos é permitir que a corrupção continue, impunemente, roubando-nos, até, a esperança
de um amanhã melhor para nossos filhos e netos!!!
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