Welson Gasparini
No último 15 de maio aconteceu, em todo o mundo, a comemoração
do Dia Internacional da Família e eu aproveitei a oportunidade para ressaltar,
na tribuna da ALESP, a importância de serem tomadas providências, na legislação
e nos procedimentos dos homens públicos, valorizando a família. Infelizmente,
nós estamos vivendo uma época na qual, por vários motivos, a família está se
desagregando. Muitos casais estão se separando e, mesmo nos casais que
continuam unidos, com o homem e a mulher trabalhando fora, quando chegam em
casa, à noite, cansados, muitas vezes chegam sem disposição para o diálogo com
os filhos. Assistem novelas, telejornais, e é há um fato inequívoco: os
diálogos em família não mais acontecem como aconteciam anteriormente,
resultando disto um processo de regressão no relacionado à formação das
crianças e dos jovens.
Uma outra alternativa no processo de educação estaria,
acredito, reservada às escolas. Infelizmente, no entanto, os valores morais,
éticos e cívicos não têm sido ensinados nas escolas com a intensidade necessária.
A propósito da frase encimando este meu artigo: “Você sabe
que é rico quando possui coisas na vida que não trocaria por nada”, fiz um
pequeno teste perguntando a várias pessoas se elas venderiam ou trocariam suas
famílias. As respostas foram todas negativas. Explicitamente indaguei de uma
delas se ela venderia se ela venderia sua família por um milhão de reais. Tive
uma resposta comovedora: esta pessoa não a venderia por r dinheiro algum porque
sua família era o valor mais importante na sua vida. Vi então, a partir deste teste, o quanto vale
uma família. E lamentei, mais ainda, não estarmos vivendo essa riqueza com a
intensidade merecida.
Devemos aproveitar a comemoração ensejada pelo “Dia
Internacional da Família”, em todo o dia 15 de maio, para fazer uma mudança
muito grande, a começar pelas nossas famílias, cada um na sua. Valorizemos essa
riqueza promovendo o diálogo tanto do homem com a mulher, da mulher com o
marido, dos pais com os filhos, de tal forma que ela faça parte do dia a dia das
nossas vidas.
O “Dia Internacional
da Família” deve nos levar a um exame de consciência, com cada um de nós vendo
o modo como estamos agindo com nossas famílias e pensar como podemos melhorar
ainda mais esse relacionamento, enriquecendo ainda mais esse grande patrimônio
social e moral do qual todos podemos, gratuitamente, desfrutar. Não há riqueza
maior, acredito, do que uma família bem estruturada e feliz, onde todos os seus
membros se respeitem e uns ajudem os outros na busca de uma vida digna. A
família, afinal, é o centro de um mundo cujo caos podemos e devemos evitar.
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