quinta-feira, 28 de maio de 2015

DENOMINANDO VIADUTO DA RODOVIA ABRÃO ASSED DE “JOSÉ SEBASTIÃO FERREIRA DE FREITAS”

Projeto de lei, que apresentei na Assembleia Legislativa nesta semana, denomina de “José Sebastião Ferreira de Freitas” o dispositivo de acesso localizado no Km 24 + 500 metros da Rodovia Abraão Assed – SPD 024/333, no município de Serra Azul. Na justificativa ao meu projeto, apresentei dados biográficos do homenageado: 

"Filho de João Ferreira de Freitas e Alba Trevizani de Freitas, José Sebastião Ferreira de Freitas nasceu em 05 de junho de 1945, na Fazenda "Baixão", no município de Serra Azul - SP. Naquela fazenda, onde o Sr. João Ferreira de Freitas lavrava a terra, viveu sua infância, juntamente com seus irmãos e irmãs, onde desde cedo aprendeu o oficio da agricultura.

Em sua juventude, mudou-se juntamente com sua família, para o Sítio São João, localizado no complexo de sítios e chácaras do Paraíso, ainda no município de Serra Azul - SP, onde também lavrou a terra de seus pais e ajudou, juntamente com seus irmãos mais velhos, nos cuidados de seus irmãos mais novos, os quais são em um total de 09 (nove) irmãos.

Em 29 de novembro de 1968, aos 23 (vinte e três) anos de idade, ingressou nas fileiras da Corporação da então Força Pública do Estado de São Paulo, após transpor todas as fases do exame de seleção. Realizou o Curso de Formação de Soldados no hoje 7º Batalhão de Polícia Militar do Interior, sediado na cidade de Sorocaba - SP, onde conclui o curso com aproveitamento.

Em meados do ano de 1969, após a conclusão e formatura no Curso de Formação de Soldados, foi classificado na 4ª Companhia Independente, hoje o 12º Batalhão de Polícia Militar do Interior, sediado no município de Botucatu, sendo alocado para trabalhar na cidade de São Manuel - SP.

Trabalhando naquele município, conheceu a Srta. Maria Bernadete Andrello Paraíso, a qual trabalhava como secretária na Escola Estadual Técnica Agrícola, onde começaram a namorar e em 05 de junho de 1971, vieram a contrair núpcias, constituindo lar na mesma cidade, passando a Sra. Maria Bernadete de Freitas a assinar o seu nome dessa maneira.

Frutificaram dessa união os filhos André Luiz Geraldo Ferreira de Freitas hoje Cabo da Policia Militar do Estado de São Paulo, lotado no 9º Grupamento de Bombeiros e Mário Augusto Ferreira de Freitas, hoje Capitão da Policia Militar do Estado de São Paulo, lotado no 43º Batalhão de Policia Militar do Interior, ambos exercendo suas funções no município de Sertãozinho - SP.

No ano de 1980, se mudaram para o município de Serra Azul - SP, com o intuito de permanecer próximo à sua família, sendo transferido para o 3º Batalhão de Policia Militar do Interior, sediado no município de Ribeirão Preto - SP, sendo alocado então a trabalhar naquele município onde nasceu e cresceu, angariando o carinho e o respeito dos munícipes, frente ao trabalho desempenhado junto à comunidade, baseado nos princípios da Polícia Comunitária, tornando-se ícone entre os seus companheiros, amigos e familiares.

Trabalhou durante 9 (nove) anos no Policiamento Territorial, quando então, no ano de 1989, a família novamente se mudou para o município de Sertãozinho - SP, com intuito de oferecer melhores condições e chances aos seus filhos na área de ensino, passando então a trabalhar também naquele município, em unidade da Polícia Militar subordinada ao 3° Batalhão de Polícia Militar do Interior.

No ano de 1995, ocupando a graduação de Cabo da Polícia Militar, depois de cumpridos 26 (vinte e seis) anos de serviço junto à Polícia Militar do Estado de São Paulo, aposentou-se a pedido, uma vez que já possuía tempo de contribuição junto ao INSS por ter exercido a profissão de lavrador rural antes do seu ingresso na corporação. Aposentou-se na Corporação na graduação de 1º Sargento da Polícia Militar.

A partir de então, dedicou-se à cuidar de sua esposa, acometida de enfermidade em razão de acidente de transito automobilístico ocorrido em 1992, bem como dedicou-se aos cuidados da casa e de seus filhos.

Em meados do ano de 2009, mudou-se novamente ao município de Serra Azul – SP, juntamente com sua esposa, passando a se dedicar aos cuidados dela, à manutenção de duas capelas no município, sendo uma delas dedicada à Nossa Senhora Aparecida e outra dedicada em homenagem ao falecimento de 19 (dezenove) jovens agricultores no ano de 2010, bem como ao plantio de árvores nativas, ornamentais e frutíferas.

Em meados do ano de 2011 então houve o falecimento de sua esposa Maria Bernadete, passando então a dedicar-se integralmente aos cuidados das capelas e ao plantio de árvores, as quais dedicava tempo e carinho, desde o cultivo das sementes, formação, plantio cuidado com as mudas.

Plantou certamente mais de 500 (quinhentas) árvores, entre elas coqueiros, palmeiras, mangueiras, goiabeiras, jabuticabeiras, roseiras, girassóis, pingos de ouro, e entre outras e as suas preferidas, flamboyants.

Tendo como preferida essa última, tentou realizar um sonho, que consistia em plantar, uma a cada 15 (quinze) metros de distancia, perfazendo uma linha de aproximadamente 06 (seis) quilômetros, à margem esquerda da Rodovia Vicinal Virgilio Gomes, que interliga o município de Serra Azul à Rodovia Abraão Assed.

Já vencidos aproximadamente 05 (cinco) quilômetros de flamboyants plantadas, ou seja depois de aproximadamente 300 (trezentas) mudas plantadas e cuidadas, em um fatídico domingo, 13 de abril de 2014, por volta das 18hs, após deixar a área de escape lateral da rodovia vicinal, onde estava naquela tarde a cuidar de suas mudas, um outro veículo colidiu contra a traseira do veículo em que estava; lançando-o sobre as flamboyants que com tanto amor e carinho cuidou, servindo elas então de leito para a sua última jornada.

Hoje a saudade e a falta nos são grandes, mas também para aquelas grandes e pequenas mudas, em especial as suas flamboyants, que agora ficaram sem seus frequentes cuidados. Aos poucos as pequenas árvores vão enfrentando os duros afrontes da natureza, que pelas suas mãos eram abrandadas, mas continuam crescendo. Assim também seguimos adiante.

Falta 01 (um) quilômetro para completar o sonho, ou seja, 66 (sessenta e seis) pequenas mudas de flamboyant. Falta o tempo, a disposição, o amor e o carinho que ele dispunha. Mas quem sabe um dia, com esforço daqueles que o amaram, não consigamos findar o que lhe faltou em vida.

Falta agora o pequeno e justo reconhecimento. Falta agora a pequena e justa homenagem que os familiares e amigos solicitam através da concessão do seu nome ao viaduto recém construído no entroncamento da Rodovia Vicinal Virgilio Gomes e a Rodovia Abraão Assed, como forma de manter o seu nome vivo, tal qual as suas flamboyants, sempre a nos lembrar de seu lema, o qual conduzia com insistência... “Aquele que planta uma árvore um dia terá uma sombra onde repousar”."

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