segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

GENTILEZA GERA GENTILEZA...



Welson Gasparini

Os bons modos, a gentileza, o sorriso e a alegria de viver, a meu ver, são fundamentais e cabem em qualquer lugar: em casa, na escola, na rua, no ambiente de trabalho e nas rodas sociais.
Já me ocupei desse tema anteriormente mas não custa voltar a focalizá-lo porquanto abrangendo valores perenes: algumas palavras muito simples, acredito, deveriam ser escritas pelos pais (e até pelos professores na sala de aula) para serem entregues e decoradas pelos filhos ou pelos alunos: “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”. Quantas pessoas não passam o dia todo sem fazer qualquer saudação a quem quer que seja?
Os pais deveriam ensinar os filhos a, antes mesmo do café da manhã, dirigir-lhes uma saudação também muito simples mas, infelizmente, em desuso: “à benção, meu pai”; “à benção, minha mãe”. Seria um modo dos pais desenvolverem nos filhos o hábito de invocarem, através deles, a benção de Deus para enfrentarem as agruras de cada dia.
Outra frase, a meu ver, essencial: “posso ajudar?”. Não é bonito a gente ver uma pessoa socorrendo alguém que esteja carregando um embrulho pesado? Mesmo a pessoa não aceitando a ajuda, dizendo “não precisa”, esse “não precisa” terá o sentido de agradecimento.
Também considero fundamental, próprio das pessoas bem educadas, o respeito – nos shoppings ou em quaisquer outros lugares – às faixas preferenciais para idosos, grávidas ou deficientes físicos. É triste ver gente que não é idosa, deficiente físico ou grávida ocupando essas faixas com a maior desfaçatez. O respeito aos mais velhos, por outro lado, entendo como uma regra elementar para definir até mesmo o caráter de quem maltrata, humilha ou agride verbalmente um idoso.
Tudo isto eu chamo de “educação” bem como, igualmente, num ônibus urbano pessoas jovens cederem os lugares eventualmente por elas ocupados para idosos, deficientes físicos ou grávidas. Seria, até, um comportamento usual se esse jovem tivesse sido orientado na escola ou na sua casa a respeitar os mais velhos e os portadores de deficiências mas tal, como regra geral, lamentavelmente, não acontece.
A educação, como um processo continuado, precisaria começar dentro de casa onde o ensinamento inicial deveria ser, justamente, o do respeito aos pais e, por decorrência, aos mais velhos...
Vivemos uma época de desrespeitos   exigindo uma reação e ela pode vir na forma do uso de expressões triviais do tipo “posso ajudar?”, “obrigado”, “desculpe”, “faz favor”, “por gentileza” etc. Se podemos sorrir quando cumprimentamos ou somos cumprimentados, por que fecharmos a cara? Por que não exibirmos o nosso “melhor” para obtermos o “melhor” do nosso interlocutor?
Gentileza, bons modos, cordialidade e educação não ocupam espaços, cabem, portanto, insisto, em todo lugar!
Gentileza, além do mais, gera gentileza...

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