Com o fechamento de duas das mais importantes vias de acesso
à região de Ribeirão Preto – Rodovias Armando de Salles Oliveira e Carlos
Tonani – na manhã desta terça-feira, 27, com o comércio só abrindo suas portas
após o evento, milhares de trabalhadores e fornecedores marcharam juntos
marcando o início, em Sertãozinho, de grandes manifestações em favor da
retomada do setor sucroenergético. Como um dos coordenadores da Frente
Parlamentar de Defesa do Setor Sucroenergético na Assembleia Legislativa de São
Paulo, juntei-me, no local marcado para a concentração, ao secretário estadual
da Agricultura, Arnaldo Jardim; ao prefeito Zezinho Gimenes; a Manoel Carlos
Azevedo Ortolan, presidente da Canaoeste; aos deputados federais Mendes Thame e
Paulinho da Força e a outras lideranças presentes para manifestar meu integral
apoio ao movimento. “Quem não fala não é ouvido, quem não é visto não é
lembrado”, salientei numa breve intervenção durante o ato no qual foi anunciada
a Carta de Sertãozinho, documento que preconiza as seguintes ações concretas
por parte do governo federal:
1. Medidas que garantam a justa remuneração do etanol aos
seus produtores, via políticas transparentes de preços públicos, que,
minimamente, recuperem o prejuízo acumulado ao longo de todos esses anos de
descaso;
2. Medidas
que possibilitem a recuperação da oferta agrícola, com preços justos da cana de
açúcar aos seus fornecedores, e que permitam resgatar a produtividade dos
canaviais, que já sofreram perdas com o rigor climático há quatro safras
consecutivas;
3. A valorização
das externalidades do etanol na montagem da matriz energética brasileira e nas
regulações do mercado de combustíveis, com uma expectativa clara e transparente
da produção do álcool carburante;
4. A
elaboração de um plano imediato de recuperação e investimento na indústria de
base;
5. A
priorização da cogeração de energia elétrica a partir das usinas, no interesse
energético nacional, com leilões específicos por região e fonte, contribuindo,
assim, a minimizar os apagões fósseis e hídricos;
6. Um
projeto de “retrofit” para geradores de vapor, que integre o programa de
cogeração de energia;
7.
Exigência, como contrapartida da indústria automotiva ao mercado nacional, no
investimento da eficiência do etanol nos motores flex, pela perspectiva concreta
de um mercado internacional;
8.
Projetos de investimentos públicos na retomada do crescimento, que considerem o
resgate da participação percentual do setor sucroenergético no PIB nacional;
9.
Projetos socioeconômicos de qualificação e requalificação, para recuperação de
300 mil postos de trabalho fechados ao longo dos últimos anos.”
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