quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

“CARTA DE SERTÃOZINHO" PROPÕE AÇÕES PARA RETOMADA DO SETOR SUCROENERGÉTICO

 


           Com o fechamento de duas das mais importantes vias de acesso à região de Ribeirão Preto – Rodovias Armando de Salles Oliveira e Carlos Tonani – na manhã desta terça-feira, 27, com o comércio só abrindo suas portas após o evento, milhares de trabalhadores e fornecedores marcharam juntos marcando o início, em Sertãozinho, de grandes manifestações em favor da retomada do setor sucroenergético. Como um dos coordenadores da Frente Parlamentar de Defesa do Setor Sucroenergético na Assembleia Legislativa de São Paulo, juntei-me, no local marcado para a concentração, ao secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim; ao prefeito Zezinho Gimenes; a Manoel Carlos Azevedo Ortolan, presidente da Canaoeste; aos deputados federais Mendes Thame e Paulinho da Força e a outras lideranças presentes para manifestar meu integral apoio ao movimento. “Quem não fala não é ouvido, quem não é visto não é lembrado”, salientei numa breve intervenção durante o ato no qual foi anunciada a Carta de Sertãozinho, documento que preconiza as seguintes ações concretas por parte do governo federal:

1. Medidas que garantam a justa remuneração do etanol aos seus produtores, via políticas transparentes de preços públicos, que, minimamente, recuperem o prejuízo acumulado ao longo de todos esses anos de descaso;

2. Medidas que possibilitem a recuperação da oferta agrícola, com preços justos da cana de açúcar aos seus fornecedores, e que permitam resgatar a produtividade dos canaviais, que já sofreram perdas com o rigor climático há quatro safras consecutivas;

3. A valorização das externalidades do etanol na montagem da matriz energética brasileira e nas regulações do mercado de combustíveis, com uma expectativa clara e transparente da produção do álcool carburante;

4. A elaboração de um plano imediato de recuperação e investimento na indústria de base;

5. A priorização da cogeração de energia elétrica a partir das usinas, no interesse energético nacional, com leilões específicos por região e fonte, contribuindo, assim, a minimizar os apagões fósseis e hídricos;

6. Um projeto de “retrofit” para geradores de vapor, que integre o programa de cogeração de energia;

7. Exigência, como contrapartida da indústria automotiva ao mercado nacional, no investimento da eficiência do etanol nos motores flex, pela perspectiva concreta de um mercado internacional;

8. Projetos de investimentos públicos na retomada do crescimento, que considerem o resgate da participação percentual do setor sucroenergético no PIB nacional;

9. Projetos socioeconômicos de qualificação e requalificação, para recuperação de 300 mil postos de trabalho fechados ao longo dos últimos anos.”

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