Welson Gasparini
A construção de
um Brasil novo, sem corrupção e bandalheiras, é possível? Acredito que sim. E
esse Brasil novo, a meu ver, pode começar a ser construído a partir das
próximas eleições municipais, marcadas para 2016, quando os mais de 5000
municípios brasileiros, de uma só vez, desde o menor até o maior, escolherão
seus futuros prefeitos e vereadores.
Esse raciocínio
eu desenvolvi em pronunciamento recente, na tribuna da ALESP, quando aquela
casa era visitada por jovens integrantes do parlamento mirim da cidade, pela
qual tenho muito apreço, de Mococa. Dirigindo-lhes minha palavra exortei-os a
perseverarem no interesse pelas coisas da sua comunidade e, na medida do
possível, se engajarem em movimentos políticos, iniciando pela filiação a um
dos muitos partidos oferecidos pelo amplo universo partidário brasileiro.
Gostaria muito
de ver, um dia, jovens daquele grupo ocupando cargos na administração pública e
na política, participando ativamente da construção de um Brasil melhor.
Lembrei-os de que, dentro de um ano, começarão os entendimentos para a formação
de chapas em todas as cidades brasileiras. Será um grande momento para darmos melhores
rumos à política em nosso país já que – e não há quem desconheça - a comunidade
brasileira não está satisfeita com sua classe política, como ficou comprovado,
nas últimas eleições, pelo elevado numero de eleitores que votou em branco,
anulou o voto ou, simplesmente, não compareceu para votar.
São atitudes
reprováveis porque nada resultam de prática; se o voto em branco, o voto de
protesto, o voto nulo ou a ausência do eleitor mudasse alguma coisa, tudo bem. Temos
de reagir colocando, nos postos políticos e administrativos, pessoas capazes e
idealistas para terem um comportamento correto. Daí minha conclamação às
lideranças comunitárias para ajudarem a descobrir e estimular novas lideranças
ou, então, participarem como candidatos a vereadores e a prefeitos para, com um
ideal muito forte, com capacidade, dar novos rumos às cidades brasileiras. E já
foi dito, com muita razão: o que é um país se não a soma das suas cidades? Se
em cada cidade nós tivermos políticos e administradores honestos e capazes, poderemos
mudar a cara do Brasil, resgatando a confiança do eleitor na classe política.
O reverendo
Martin Luther King já dizia: o que mais o angustiava não era a maldade dos
maus, não era a corrupção dos corruptos, não era a violência dos violentos, mas
a omissão dos bons. Então, se a política hoje no Brasil está suja - e é
verdade, está muito suja - vamos limpá-la. E como limpá-la? Participando
ativamente do processo eleitoral, seja disputando um cargo eletivo ou, então, acompanhando
os acontecimentos, protestando quando eles forem contrários aos interesses da
população brasileira.
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