terça-feira, 21 de outubro de 2014

A HORA DE MIRAR NO ALVO CERTO...


Welson Gasparini

Um fato preocupante marcou o pleito do último dia 05 de outubro quando mais de 30% dos eleitores ou não compareceram para votar, ou votaram em branco ou anularam o voto. Como essas pessoas, agindo assim, pensam em ajudar o Brasil a sair da situação lamentável na qual o nosso país se encontra? É uma omissão, verdadeiramente, criminosa, autêntico crime de lesa-pátria. Esses votos jogados na lata do lixo ou desperdiçados em candidaturas anódinas poderiam ter sido utilizados, no caso das candidaturas a deputados estaduais e federais, na eleição de candidaturas identificadas com princípios éticos e morais.
O ato de votar é o mais nobre concedido ao cidadão num regime democrático; o voto é uma arma poderosíssima que, como qualquer outra, tanto pode servir ao bem quanto ao mal; tanto pode ser usada para proteger quanto para destruir.
Deixando de votar ou anulando o seu voto o eleitor perde, até, condição moral para criticar a classe política. Como pode alguém criticar ou condenar um processo do qual, conscientemente, não participou?
Na verdade, a política no nosso Brasil está uma vergonha e não podemos tapar o sol com a peneira. Temos de reconhecer: é lamentável o comportamento de grande parcela da classe política face às denuncias, quase diárias, de corrupção nas administrações públicas.
O que se espera, quando existe uma denuncia, são as pessoas de bem buscando a verdade sobre tal denuncia em procedimentos sumários de investigação e de julgamento. É um absurdo: denúncias relacionadas ao desvio de dinheiro público, como ocorreu no caso do “mensalão” petista, demorarem mais de dez anos no processamento jurídico para, só então, sabermos se os denunciados são inocentes ou culpados. Enquanto isso fica, em todo o País, a impressão de uma constante impunidade. Além do que, é um estímulo para outros também agirem dessa maneira.
Revolta-me quando alguns extremistas colocam todos os políticos num mesmo balaio taxando a todos de como ladrões. Repudio tal generalização enfaticamente: todos, não. Tem, felizmente, muita gente honesta. Agora, se muitos não prestam, quem elege essa gente que não presta? É gente que também não vale nada, porque não dá valor a uma das coisas mais importantes na democracia, justamente o voto. Ele não dá, a todo eleitor, peso igual? Não vale tanto o do empresário mais poderoso quanto o do mais humilde operário? Lamento, portanto, quando vejo muitos jogando o voto fora ou, o que ainda é mais triste, vendendo-o ou trocando-o por uma bola de futebol, uma cesta básica ou uma promessa vaga.
Uma reação se impõe e ela pode começar agora, no segundo turno, com a participação efetiva do eleitor. São dois candidatos e a escolha fica, portanto, facilitada. Eu tenho o meu e defendo com orgulho a candidatura de Aécio Neves.  Mas há, também, quem prefira a Dilma. O fundamental é cada eleitor votar com a consciência de que está contribuindo para o futuro do país direcionando a arma da qual dispõe para o alvo certo...
Votar bem, acredito, fará toda a diferença para sairmos do Brasil que temos para entrarmos no Brasil que queremos!

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