Welson Gasparini
Um fato preocupante
marcou o pleito do último dia 05 de outubro quando mais de 30% dos eleitores ou
não compareceram para votar, ou votaram em branco ou anularam o voto. Como
essas pessoas, agindo assim, pensam em ajudar o Brasil a sair da situação
lamentável na qual o nosso país se encontra? É uma omissão, verdadeiramente,
criminosa, autêntico crime de lesa-pátria. Esses votos jogados na lata do lixo
ou desperdiçados em candidaturas anódinas poderiam ter sido utilizados, no caso
das candidaturas a deputados estaduais e federais, na eleição de candidaturas
identificadas com princípios éticos e morais.
O ato de votar
é o mais nobre concedido ao cidadão num regime democrático; o voto é uma arma
poderosíssima que, como qualquer outra, tanto pode servir ao bem quanto ao mal;
tanto pode ser usada para proteger quanto para destruir.
Deixando de
votar ou anulando o seu voto o eleitor perde, até, condição moral para criticar
a classe política. Como pode alguém criticar ou condenar um processo do qual,
conscientemente, não participou?
Na verdade, a política
no nosso Brasil está uma vergonha e não podemos tapar o sol com a peneira.
Temos de reconhecer: é lamentável o comportamento de grande parcela da classe
política face às denuncias, quase diárias, de corrupção nas administrações
públicas.
O que se espera,
quando existe uma denuncia, são as pessoas de bem buscando a verdade sobre tal
denuncia em procedimentos sumários de investigação e de julgamento. É um absurdo:
denúncias relacionadas ao desvio de dinheiro público, como ocorreu no caso do
“mensalão” petista, demorarem mais de dez anos no processamento jurídico para,
só então, sabermos se os denunciados são inocentes ou culpados. Enquanto isso
fica, em todo o País, a impressão de uma constante impunidade. Além do que, é
um estímulo para outros também agirem dessa maneira.
Revolta-me
quando alguns extremistas colocam todos os políticos num mesmo balaio taxando a
todos de como ladrões. Repudio tal generalização enfaticamente: todos, não.
Tem, felizmente, muita gente honesta. Agora, se muitos não prestam, quem elege
essa gente que não presta? É gente que também não vale nada, porque não dá
valor a uma das coisas mais importantes na democracia, justamente o voto. Ele
não dá, a todo eleitor, peso igual? Não vale tanto o do empresário mais
poderoso quanto o do mais humilde operário? Lamento, portanto, quando vejo
muitos jogando o voto fora ou, o que ainda é mais triste, vendendo-o ou
trocando-o por uma bola de futebol, uma cesta básica ou uma promessa vaga.
Uma reação se
impõe e ela pode começar agora, no segundo turno, com a participação efetiva do
eleitor. São dois candidatos e a escolha fica, portanto, facilitada. Eu tenho o
meu e defendo com orgulho a candidatura de Aécio Neves. Mas há, também, quem prefira a Dilma. O
fundamental é cada eleitor votar com a consciência de que está contribuindo
para o futuro do país direcionando a arma da qual dispõe para o alvo certo...
Votar bem,
acredito, fará toda a diferença para sairmos do Brasil que temos para entrarmos
no Brasil que queremos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário