Por Welson Gasparini
No último dia 16, em solenidade realizada no Palácio
Bandeirantes, em São Paulo, o Governo do Estado distribuiu mais 150 kits de
projeção a municípios paulistas que não têm salas oficiais de cinema e 18 para
assentamentos rurais, quilombos e entidades. Esse Programa de Incentivo à
Criação de Salas de Exibição de Filmes existe desde 2010 e já beneficiou 140
municípios no interior e no litoral. Entre os municípios beneficiados nessa
oportunidade, atendendo indicações que encaminhei, encontram-se Aramina,
Barrinha, Batatais, Jardinópolis, Luís Antônio e São Joaquim da Barra.
O kit cinema consiste na doação, pelo governo do Estado, de
equipamentos de projeção e sonorização para cidades que não possuem salas de
cinema, podendo ser utilizados em auditórios, bibliotecas e outros espaços já
existentes para a exibição gratuita de filmes.
Ao fazer as indicações deferidas pelo governador minha
preocupação foi, justamente, ensejar a oportunidade de lazer e entretenimento
proporcionados pelo cinema que começa a ficar ausente – pelo avanço da
televisão e também da violência urbana – das pequenas comunidades interioranas.
É uma maneira prática, conforme sublinhou o governador Geraldo Alckmin, de
descentralizar a cultura, levando-a encontro das pessoas dos municípios e da
área rural.
Os municípios que aderiram ao programa contarão com
assistência para compor a programação de filmes e atividades associadas, como
oficinas e palestras. Em geral, o programa Pontos MIS oferece um longa e um
curta-metragem, mesclando cinema nacional e estrangeiro, animações, ficções e
documentários.
Com essa nova doação, o Governo do Estado totalizou 306 kits
distribuídos, com investimento de R$ 3,9 milhões, no programa. A maior parte
das cidades atendidas tem menos de 50 mil habitantes. Com os novos 168 kits,
foram investidos mais R$ 2 milhões.
A cultura cinematográfica ganha, assim, com esse incentivo governamental,
um novo estímulo para continuar viva, também, nas pequenas cidades onde as
salas de exibição foram substituídas por igrejas evangélicas, bares ou lojas; o
cinema, assim como o teatro e a leitura (ainda mais num tempo onde os livros
estão sendo substituídos pelos celulares ou pela internet) precisam de apoio e
de incentivos. Não podemos prescindir desses instrumentais indispensáveis à
formação integral do ser humano que deve crescer tendo amplo acesso a tais
fontes de conhecimentos e de lazer.
Age bem o governador Alckmin quando promove, através de
iniciativas como a desse benfazejo programa, a efetiva democratização da
cultura, facilitando o acesso de camadas cada vez maiores da população aos
filmes, documentários e tudo o mais ensejado pela “Sétima Arte”...