quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Em recente pronunciamento eu sugeri a elaboração de um programa de metas para o setor educacional

Qualquer analista sabe que um país, para alcançar altos índices de desenvolvimento, precisa de Ciência e Tecnologia. Ora, se não tivermos uma educação básica de qualidade dificilmente teremos como desenvolver a Ciência e a Tecnologia.

Isto, infelizmente, está acontecendo não num lugar ou noutro mas, sim, no Brasil inteiro. A Educação vai muito mal. Lógico que temos uma série de iniciativas e algumas coisas estão melhorando, mas ao mesmo tempo, se nós acompanharmos detalhes de análises feitas, vamos ver quantas crianças, quantos jovens estão saindo do ensino fundamental analfabetos, sem saber ler e escrever. Pior ainda: não têm, sequer, noção de interpretação de textos.

Como que se pode ter uma sequência educacional? Poderíamos indagar: “Quem sabe só estamos tendo uma crise no Ensino fundamental?”. Lamentavelmente não. Nas universidades, nas faculdades é o mesmo quadro.

É triste falar, mas tenho citado desta tribuna o caso das faculdades de direito. Milhares e milhares de bacharéis em direito recebem o seu diploma e não podem exercer a profissão porque a Ordem dos Advogados do Brasil faz um exame de avaliação e conclui: não estão preparados para advogar. Na medicina é a mesma coisa. Temos informações de líderes de classe segundo os quais se houvesse essa avaliação legal, como tem a Ordem dos Advogados do Brasil, muitos médicos ora sendo formados, sendo bacharéis em medicina e não médicos, não poderiam estar exercendo essa sagrada profissão.

Eu pergunto: o que é que estamos vendo de objetivo, de ação concreta, para mudar esse quadro na Educação? É o meu apelo, neste instante, endereçado às nossas autoridades, principalmente as do Executivo, nos âmbitos estadual e nacional, para haver uma reação muito grande no sentido de mudar a Educação em nosso país.

Haveria um Plano Nacional de Educação bem objetivo, analisando a realidade, fazendo propostas e indicando caminhos? Quem saberia responder a essa pergunta?

Temos iniciativas isoladas que, às vezes, até estão dando certo. Agora por exemplo, na Capital de São Paulo, o prefeito está fazendo modificações na Educação... Mas eu pergunto: onde está um plano de conjunto discutido por quem entende da questão, estabelecendo metas para fazer com que a educação possa ser, em nosso país, uma realidade e não uma ficção.

Alguém está discutindo esse plano?

Quero sugerir ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para nomear uma comissão de alto nível escolhendo, dentro do Estado de São Paulo, pessoas idealistas, competentes e descompromissadas para debater o tema Educação, para fazer propostas. Com base nessas propostas, o Governo de São Paulo elaboraria um programa de metas para o setor educacional. Tomo a liberdade de fazer uma sugestão: não é preciso debater muito, observem os outros países com índice notável de desenvolvimento...

Existem países cuja economia não representava nada há 20 anos e deram saltos de gigantes graças ao realizado na área da Educação. Então, vamos copiar o que deu certo em determinados países, cidades, discutir esses programas que funcionaram, aperfeiçoá-los ainda mais e criar um programa educacional melhor ainda no estado de São Paulo e no Brasil.


Devemos voltar ou não ao sistema de notas escolares e boletim de classe? Como fazer para os professores voltarem a ser respeitados pelos alunos? Tempos atrás, o professor era endeusado pelos alunos, recebendo um respeito incrível. Hoje, infelizmente, há um desânimo generalizado. O respeito é muito menor do que havia antigamente. Então, vamos discutir esse assunto, mas quem irá fazer isso de forma objetiva, clara, debatendo propostas e elaborando metas? Acho, em primeiro lugar, o Governo de São Paulo, cuja ação podemos influenciar.

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