A corrupção virou, realmente, uma epidemia em
nosso país e, todos os dias, a imprensa noticia novos casos envolvendo a
Administração Pública com desvio de milhões de reais. Um dinheiro que deveria
atender setores importantes - como Educação e Saúde - está indo para os bolsos
de criminosos espertalhões.
O triste é notar: são tantos os escândalos de
corrupção em nosso País que novos casos são divulgados enquanto os já
acontecidos ficam dormindo nas gavetas do Poder Judiciário. A grande maioria
dos processos demora, na justiça, de 10 a 15 anos para um final que nem sempre
representa a tão almejada justiça.
Vários fatores são responsáveis por esta
impunidade dos corruptos: número de funcionários inferior ao necessário nas
repartições judiciais e, principalmente, uma sequência de leis processuais que
colocam, em primeiro lugar, o interesse dos réus e depois o chamado bem comum. Além
das sentenças demorarem muitas vezes anos e anos, elas beneficiam, em grande
parte, aqueles que usaram e abusaram dos seus cargos fazendo fortunas com o
dinheiro público.
A situação atual - com leis e procedimentos
legais absurdos – representa um estímulo para aqueles dotados de poder e destituídos
de valores éticos e morais na condução dos seus atos. Regra geral, eles acreditam
não serem bobos e querem levar vantagens em seus atos.
É preciso mudar esta realidade. É preciso uma
grande reação. Não podemos aceitar o Brasil prosseguindo neste caminho. Penso ser
urgente estabelecer em nossas leis e regulamentos oficiais o princípio da Tolerância
Zero para os atos de corrupção!
Chega! Chega de assistir a escândalos
seguidos de impunidade. Que o povo exija dos governantes, dos que têm poder em
suas mãos, a garantia - e com urgência – de procedimentos legais e processuais
assegurando tolerância zero para com os atos de corrupção.
Assim, nós teremos justiça e mais dinheiro
para a saúde e educação.
A nação brasileira não pode aceitar essa
situação ora atravessando. A corrupção, volto a insistir, virou epidemia em
nosso país. Aqueles que têm o poder em suas mãos acabam abusando disso, são
“espertos” e se locupletam com o dinheiro público.
Mas o que acontece? Abre-se um processo e
esse processo demora anos e anos para chegar ao final. Quando a pessoa é
inocente, sofre terrivelmente porque demora muitos anos para que a sua
inocência seja comprovada; e se é culpada, fica rindo na cara de todo mundo
porque não acontece nada durante muitos e muitos anos.
Estamos vendo agora o caso do “mensalão”.
Foram mais de dez anos para se chegar a uma conclusão: ou realmente são
corruptos, são venais, desviaram milhões e milhões de reais de dinheiro
público, ou são inocentes; agora, o que não pode é ficar essa dúvida; há dificuldade
de termos um julgamento efetivo nesses casos.
Então, tenho a certeza de que o povo vai
reagir. Estamos tendo esses movimentos de rua; e muitas faixas com dizeres
elementares como “queremos justiça, queremos combate à corrupção”.
Alguém pode indagar “e aqui nesta Casa, o que
podemos fazer com isso?”. Na realidade, para haver justiça, é preciso a
reforma, principalmente, das leis que punem os crimes. É preciso que os códigos
de processo, que os códigos criminais sejam modificados e possam efetivamente
funcionar.
Eu tenho a certeza de que, com a pressão
popular, o povo exigindo dos seus administradores leis objetivas para a Justiça
funcionar, a situação vai melhorar; é necessário, também, que o Poder
Judiciário conte com um número necessário de funcionários para poder dar celeridade
aos processos em tramitação.
Desta maneira, será possível fazer justiça em
nosso País. E é isso que estamos precisando, pois, caso contrário, vai se
confirmar a fala daquele célebre político internacional: “O Brasil não é um
país sério”.
Então, temos de mudar essa
imagem. E como? Punindo os corruptos com mais celeridade.
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