segunda-feira, 18 de março de 2013

R$ 6 Milhões para escola em Cravinhos


Em discurso que FIZ na semana passada na tribuna da alesp eu agradeci o governador geraldo alckmin pela liberação de r$ 6 milhões para uma escola do estado em CRAVinhos, com capacidade para atender 1.260 alunos e fiz reflexões sobre a atual conjuntura educacional brasileira. Meu Pronunciamento tem a seguinte Íntegra:

O SR. Welson Gasparini – PSDB

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados:

“Em primeiro lugar, quero agradecer ao Governador Geraldo Alckmin pela liberação de verbas para reformas e ampliações nas escolas da região de Ribeirão Preto, num aumento de 66% do ano passado para este. Isso é de grande significado principalmente porque, nessa determinação, ele incluiu a verba de R$ 6 milhões a serem empregados na construção de uma escola no Município de Cravinhos com capacidade para atender 1.260 alunos. Indiscutivelmente, nos investimentos na área da Educação, o Governador de São Paulo tem sido notável.

Quero focalizar agora, ainda no relacionado à educação, uma situação que me deixa apreensivo. Notícia divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” informa: a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo está convocando para atuar, como professores temporários, professores que não conseguiram acertar nem a metade das questões no último processo seletivo. Isso é horrível. Houve a prova de seleção, mas é triste constatar: dos 139 mil temporários que se submeteram ao exame, 39 mil foram reprovados e vão ser contratados assim mesmo, porque o Estado não tem como preencher as vagas existentes.

Isso não é novidade. Em minhas mãos, tenho o jornal do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. O Presidente do Conselho, Dr. Renato Azevedo, está seriamente preocupado. Por quê? No exame do Cremesp com os formandos em Medicina, o resultado foi terrível. Praticamente metade deles não está apto a exercer a profissão. Isso está aqui, no jornal do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Esse exame de avaliação era facultativo. Então, só os melhores alunos participaram do exame mas, mesmo assim, não chegaram a 60% os aprovados; mais de  40% foram reprovados.

Na Ordem dos Advogados do Brasil a situação é pior ainda. No ano passado, 82% dos formados em Direito não puderam exercer a profissão porque foram reprovados no exame de avaliação da Ordem.

Onde vamos parar? Sabemos que o desenvolvimento de uma nação começa pela área educacional. Se a Educação está nessa situação calamitosa no Estado de São Paulo, em outras regiões do país ainda é muito pior.  Diante desse quadro triste, qual será o futuro do nosso Brasil? Milhões de estudantes vão para a escola e fingem que aprendem; os professores fingem que ensinam e os alunos saem com certificados nas mãos comprovando que estudaram e foram aprovados; depois, entretanto, não podem exercer a profissão por incapacidade intelectual e profissional.

É preciso uma atuação mais destacada dos responsáveis. Hoje, às cinco horas da tarde, haverá uma reunião da Comissão de Educação e Cultura desta Casa. Vou levar esses documentos. Infelizmente, a reunião está convocada extraordinariamente para votarmos se vamos convocar ou convidar o reitor da Universidade de São Paulo para explicar punições a alunos.

Acho esse assunto importante, mas também acho que a Comissão de Educação e Cultura tem de convidar para vir a esta Casa os reitores de outras universidades para nos explicarem essa crise educacional. Como vamos sair dela?

Temos, ainda, de convidar o Presidente do Conselho Estadual de Medicina para vir conversar com os membros da Comissão de Educação e Cultura para, dessa forma, ficarmos sabendo o que está acontecendo no nosso País no campo educacional. Teríamos de convidar também o Presidente da OAB no Estado de São Paulo para falar o que está acontecendo; o porquê de mais de 80% dos formados em Direito não poderem exercer a profissão.


Sr. Presidente, precisamos reagir!!! Não é possível aceitar a Educação como está hoje no Brasil porque vamos comprometer o futuro de uma geração inteira. Mais do que isso: vamos comprometer o próprio futuro do nosso País.”

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