Conforme decisão da Assembleia Geral da ONU, em 1993, o 15 de
maio foi instituído como o “Dia Internacional da Família”. Em meu artigo, “Cultivando
valores de vida!”, publicado em vários jornais no início deste ano, fiz algumas
reflexões sobre o tema que se tornam oportunas diante da data ora comemorada:
“Muitas das nossas escolas estão formando uma juventude
totalmente alienada quanto à importância dos valores de vida. As famílias,
através dos pais e das mães, já não transmitem aos seus filhos os valores espirituais
e morais que deveriam conduzir os seus atos. Há, sim, uma preocupação de
orientá-los para que sejam vitoriosos nas suas profissões, alcançando o maior
êxito econômico possível. Dizem que é preciso ter uma formação intelectual que
garanta levar vantagem sempre e sem considerar o que isto possa representar
para o seu próximo.
A degradação moral e ética chegou a tal ponto que a sociedade
respeita e admira o bem sucedido economicamente, desculpando suas desonestidades,
vendo nas suas ações uma conduta “esperta”. A malandragem, em muitos casos,
chega a ser indicada aos jovens como o caminho mais fácil para o sucesso. Não
importa o próximo ser lesado. Quem manda ele ser “bobo” ou “otário?”.
A desagregação da família, a curto e médio prazos levará o
nosso país a consequências terríveis. Já não se fala em sacrifícios e
tolerância nas famílias mas, sim, no direito de cada um buscar sua felicidade
pessoal. Nos dias atuais, temos quase mais separações que novas uniões de casais.
E, principalmente na classe pobre, estas separações acabam levando os filhos
dessas desuniões para serem moradores de ruas, viverem em orfanatos ou se
abrigarem, em função de delitos cometidos, na Fundação Casa.
Lógico
que é importante discutir qual o melhor modelo econômico para o nosso país; é
urgente e imprescindível, no entanto, que seja realizada uma avaliação da
situação da família brasileira e a crise de valores morais e espirituais por
ela vivida para que, antes que seja tarde demais, uma reação forte aconteça.
Precisamos assim, como parte dessa reação, cultivar menos os valores econômicos
e mais os valores da família e da vida.”.
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